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sexta-feira, 14 de novembro de 2014
POLÍCIA CAÇA HOMEM DA HILUX PRETA ACUSADO DE PEDOFILIA
Uma
ocorrência registrada por dona DANI, mãe de duas adolescentes de 12
anos, fez com que a polícia entrasse em ação e tentará prender um homem
de cabelos grisalhos, entre 50 à 60 anos de idade que anda em uma HILUX
preta abordando garotas na idade de 12 à 14 anos. Segundo a Dona Dani,
nesta Segunda-Feira (10) ele pegou as duas filhas dela de 12 anos que
estudam em uma escola no Jardim Felicidade I e sumiu com as vítimas que
até às 15h00min desta Terça-Feira não haviam retornado para casa. Há
cerca de 15 dias esse mesmo carro foi visto levando uma aluna da Escola
Antônio Barbosa que fica no Bairro Santa Inês e teria estuprado a vítima
que, também tem 12 anos de idade. O CIODES já mobilizou os diversos
batalhões da PM a fim de tentar prender o pedófilo.
Fonte J.B.N
Fonte J.B.N
terça-feira, 11 de novembro de 2014
JOVEM DE 18 ANOS É ASSASSINADO COM UMA FACADA NO CORAÇÃO, NO BAIRRO ILHA MIRIM
Populares
informaram por volta das 02h25min da madrugada desta Segunda-Feira (10) o
corpo do jovem CLENILSON DOS SANTOS BATISTA (18) assassinado com uma
facada no coração. Ele jazia na margem da Av. Carlos Lis Corte, no
Bairro Ilha Mirim. A polícia está zerada no que concerne a autoria do
crime, pois nenhuma pessoa apareceu como testemunha desse homicídio que
deve ter acontecido depois de 01h00min da madrugada desta Segunda-Feira
(10).
Fonte : J.B.N
Fonte : J.B.N
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
TRIO ASSALTA ÔNIBUS NO BAIRRO UNIVERSIDADE
Três maus elementos armados com arma de fogo e facas, que estavam como
passageiros em um ônibus da Amazontur, por volta das 09h14min da noite
desta quinta-feira (6), assaltaram o referido ônibus, quando o mesmo
trafegava na Rua Dr. Braulino, no bairro Universidade. Eles renderam o
cobrador, de quem roubaram a renda que estava na gaveta, assim como,
celulares, dinheiro e joias pessoais dos passageiros, em seguida,
desceram próximo a uma área de mata e sumiram.
Fonte: J.B.N
Fonte: J.B.N
PRESO O UNIVERSITÁRIO QUE MATOU O RIVAL POR CAUS DA NAMORADA
Agentes da polícia civil da delegacia do Nova Esperança, sob o comando
da delegada Janeci, prederam por volta d meio dia desta sexta-feira (7),
o CAIRO FELIPE FERREIRA DA SILVA (19), que é estudante de odontologia.
Ele é acusado de ter assassinado com quarto tiros, o rival LUIZ FLÁVIO
CUSTÓDIO ALBUQUERQUE (13), cujo crime, aconteceu na arquibancada da
Arena Esportiva do Marabaixo II, na noite do dias 10 de outubro deste
ano. Segundo a polícia, o crime foi passional, ou seja, é que o acusado
teria perdido a namorada para a vítima. A prisão aconteceu em uma casa
na área de invasão, no bairro Marabaixo IV.
Fonte J.B.N
Fonte J.B.N
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
ESTATÍSTICA DAS MORTES VIOLENTAS DE 01.01 a 06.11.2014
1º ARMA DE FOGO: com 121 homicídios ( 2 culposos )
Macapá, 07 de novembro de 2014.
75 em Macapá;
11 em Santana;
4 em Ferreira, 4 na Fazendinha;
3 na Rodovia Duca Serra, 3 na Rodovia Alceu Paulo Ramos, 3 em Laranjal do Jari;
2 em Cupixi /Porto Grande, 2 em Oiapoque, 2 em Pedra Branca, 2 em Pracuúba;
1
na BR-210, 1 no Anauerapucu/STN, 1 no Pacuí (MCP), 1 no Distrito do
Coração (MCP), 1 em Tartarugalzinho, 1 no Furo do Rio Seco/Mazagão, 1
na Ilha de Santana, 1 no Maracá Mirim/MAZ, 1 na Perimetral Norte (porto
Grande), 1 em Mazagão Velho.
118 do sexo masculino 3 do sexo feminino.
Obs.: No mesmo período do ano passado foram 92 homicídios, 53 em Macapá.
2º TRÂNSITO: com 100 óbitos
30 em Macapá;
11 em Santana, 11 na BR-156;
7 na Rodovia JK;
6 na Rodovia do Curiaú;
4 em Porto Grande, 4 em Laranjal do Jari, 4 na Rodovia Duca Serra, 4 na Rodovia Alceu Paulo Ramos;
3 em Calçoene;
2 na Rodovia AP-20, 2 na Rodovia Salvador Diniz (STN), 2 na Rodovia MCP/JARI, 2 no Igarapé da Fortaleza(Santana);
1
na Perimetral Norte/Porto Grande, 1 em Pedra Branca, 1 no Pracuúba, 1
na Anauerapucu/STN, 1 no Flexal/Tartarugalzinho, 1 no Cupixi (Porto
Grande), 1 em Amapá, 1 em Oiapoque;
43 de moto, 28 pedestres, 15 de bicicleta, 14 de carro;
76 do sexo masculino e 24 do sexo feminino
Obs.: No mesmo período do ano passado foram 99 óbitos, 35 em Macapá.
3º ARMA BRANCA: com 98 homicídios
41 em Macapá;
10 em Laranjal do Jari, 10 em Santana;
5 em Oiapoque;
4 em Porto Grande, 4 em Ferreira Gomes;
3 no Distrito de Lourenço\Calçoene;
2 em Fazendinha, 2 em Amapá, 2 em Pedra Branca, 2 em Calçoene, e 2 no Abacate da Pedreira (MCP);
1
na BR-210, 1 em Maçaranduba\Santana, 1 no Bailique, 1 no Distrito do
Coração (MCP), 1 em Vitória do Jari, 1 na Rodovia Alceu Paulo Ramos, 1
na Perimetral Norte/Pedra Branca, 1 no Central do Maracá/MAZ, 1 no Ambé,
1 em Tartarugalzinho, 1 na Rodovia JK;
91 do sexo masculino e 7 do sexo feminino.
Obs.: No mesmo período do ano passado foram 91 homicídios, 36 em Macapá.
4º AFOGAMENTO: 54 óbitos
7 em Macapá;
5 em Santana;
3 no Bailique, 3 em Porto Grande;
2
em Ferreira Gomes, 2 em Jarilândia (Vitória do Jari), 2 em Rio
Preto/MZG, 2 em Oiapoque, 2 em Laranjal do Jari, 2 em Amapá, 2 na
BR-156, 2 em Fazendinha;
1
no Cunani (Calçoene), 1 em Aporema (Tartarugalzinho), 1 em Itaubal, 1
em Carapanatuba/MCP,1 no Rio Pedreira, 1 em Cutias, 1 na Vila Betel
(MAZ), 1 na Rod. Duca Serra, 1 em Pracuúba, 1 em Calçoene, 1 no
Piassacá/ Santana, 1 no Cedro/Tartarugalzinho,1 no Vila Nova/MZG, 1 em
Mazagão Velho, 1 em Mazagão, 1 no Rio Matapí/SNT, 1 no Rio
Matapimirim/SNT, 1 na Lagoa Azul (Rodovia Duca Serra), 1 na Ilha de
Santana 1 em Entre Rio /Tartarugalzinho.
45 do sexo masculino e 9 do sexo feminino.
Obs.: No mesmo período do ano passado 75 casos, 26 em Macapá.
5º SUICÍDIO: 38 casos
20 em Macapá;
10 em Santana;
2 em Laranjal do Jarí;
1
em Oiapoque, 1 no Distrito do Coração (MCP), 1 Lourenço (Calçoene) , 1
em Tartarugalzinho, 1 em Porto Grande, 1 em Ferreira Gomes.
29 por enforcamento, 5 por envenenamento, 2 por arma de fogo, 2 por arma branca;
31 do sexo masculino e 7 do sexo feminino.
Obs.: No mesmo período do ano passado 45 casos, 21 em Macapá.
6º TRAUMATISMOS DIVERSOS: 22 óbitos
10 em Macapá;
3 em Porto Grande;
2 em Ferreira Gomes, 2 em laranjal do Jari;
1 em Mazagão, 1 em Santana, 1 em Calçoene, 1 em Tartarugalzinho, 1 na Rodovia MCP/JARI;
20 do sexo masculino e 2 do sexo feminino.
Obs.: No mesmo período do ano passado 16 óbitos, 6 em Macapá.
7º PAULADA: 09 casos
4 Macapá;
1 em Carnou ( Calçoene), 1 em Oiapoque, 1 em Ferreira Gomes, 1 em Santana, 1 em Porto Grande;
8 do sexo Masculino e 1 do sexo feminino.
Obs.: No mesmo período do ano passado 18 casos, 11 em Macapá.
8º POR CHOQUE ELÉTRICO: 09 óbitos
8º POR CHOQUE ELÉTRICO: 09 óbitos
4 em Macapá;
1 em Cedro /Tartarugalzinho e 1 no Igarapé das Armas (MCP), 1 em Carapanatuba,1 no Vila Nova/Mazagão, 1 no Torrão do Matapi;
9 do Sexo masculino.
Obs.: No mesmo período do ano passado 8 mortes, 4 em Macapá.
9ª ASFIXIA: 06 óbitos (1 por homicídio e 5 por acidente de trabalho)
2 em Macapá;
1 no Distrito de Lourenço/Calçoene, 1 em Santana,1 no Vila Nova/Porto Grande, 1 em Mazagão;
Todos do sexo masculino.
Obs.: No mesmo período do ano passado 8 mortes, 6 em Macapá.
10º QUEIMADURA : 04 óbitos
4 em Macapá;
4 Sexo masculino.
Obs.: No mesmo período do ano passado foram 3 casos, 1 morte em Macapá.
11º POR AGRESSÃO FÍSICA: 03 casos
1 em tartarugalzinho, 1 em Macapá,1 em Porto Grande;
1 sexo feminino e 2 do sexo masculino
Obs.: No mesmo período do ano passado 6 homicídios.
12º FETO: 02 óbitos
12º FETO: 02 óbitos
1 em Santana, 1 na BR-210;
Obs.: No mesmo período do ano passado 6 mortes, 4 em Macapá.
13º LINHA DE PIPA: 01 óbito
1 em Santana;
Sexo masculino.
Obs.: No mesmo período do ano passado nenhum óbito.
14º ACIDENTE FERROVIÁRIO: 01 caso
1 em Cupixi (Porto Grande );
Sexo masculino.
Obs.: No mesmo período do ano passado nenhuma morte
15º OVERDOSE: 01 caso 1 em Macapá. Sexo masculino. Obs.: No mesmo período do ano passado nenhum óbito.
15º OVERDOSE: 01 caso 1 em Macapá. Sexo masculino. Obs.: No mesmo período do ano passado nenhum óbito.
16º POR CAUSA DESCONHECIDA: 05 óbitos
2 Macapá;
1 na Rodovia AP-020,1 no Torrão do Matapi (MCP).
5 do sexo masculino.
Obs.: No mesmo período do ano passado 7 mortes, 4 em Macapá.
OBS.: No ano passado foram registradas:
2 por picada de cobra.
1 por raio.
1 por acidente marítimo.
CONCLUSÕES DO 1.º CONGRESSO MUNDIAL DAS ASSOCIAÇÕES HOMOSSEXUAIS CATÓLICAS
CONCLUSÕES DO 1.º CONGRESSO MUNDIAL DAS ASSOCIAÇÕES HOMOSSEXUAIS CATÓLICAS
Outubro 15 2014 - 1.º Congresso Mundial das Associações Homossexuais Católicas
Quarenta
representantes institucionais das associações homossexuais católicas de
Portugal, Espanha, Estados Unidos, México, Perú, Costa Rica, Brasil e
Argentina estiveram reunidos em Portimão, Portugal, de 6 a 8/10.
Agradecemos
a Deus pelo sucesso do Congresso que teve igualmente a cobertura dos
meios de comunicação social de todo o mundo, incluindo as principais
estações de televisão e de rádio (BBC, FRI, Rádio Suécia); de todas as
estações de televisão e de rádio nacionais e locais, incluindo a “Rádio
Renascença” (a rádio nacional católica portuguesa) e todos os jornais
portugueses; as mais importantes agências de notícias noticiosas (LUSA,
para Portugal e países de língua portuguesa; FRANCE PRESSE, também
televisão, França e países de língua francesa; EFE, Espanha e países de
língua espanhola). O Congresso foi ainda notícia em países como a
Nigéria, em África, e tudo isto representa mais de 55.000 entradas no
Google, em português, inglês, francês e espanhol.
Agradecemos
igualmente a Deus pelas pessoas maravilhosas que estiveram presentes.
Por todo o trabalho e a alegria, mas sobretudo pelo forte compromisso
para sermos construtores de pontes, não somente com a Igreja, que
amamos, mas igualmente entre nós, que temos realidades religiosas tão
diferentes.
CONCLUSÕES
CONCLUSÕES
- Criação da Organização Mundial das Associações Homossexuais Católicas (WOHCA), constituída pelos países supra e eleição da comissão instaladora da WOHCA, formada por membros de Portugal, Espanha, Brasil e ficando a aguardar-se a resposta dos Estados Unidos.
- Foi igualmente aprovada a Constituição Mundial e mandatada a Comissão Instaladora, no uso dos poderes atribuídos pela Constituição Mundial, para apresentar até outubro de 2015 todas as alterações ao documento agora aprovado.
- Realização da Conferência Mundial de 2015 em Espanha, em outubro desse ano e provisoriamente prevista para Sevilha, Espanha.
- Delineação das grandes linhas da petição a enviar ao Secretário-geral do Sínodo, cardeal Lorenzo Baldisseri, cuja redação final foi entregue a um elemento do grupo Ichthys de Sevilha e a outro da Rumos Novos, Portugal e que será enviado ao Sínodo na sexta-feira à tarde.
- A petição será constituída por uma carta de apresentação ; introdução ; realidades vividas no casamento entre as pessoas do mesmo sexo ; género e (homos)sexualidade ; a necessidade para a Igreja escutar o Sensus Fidelium e, finalmente, uma parte com as recomendações formuladas pelos homossexuais católicos. [O texto final da petição pode ser lido aqui]
No
final do Primeiro Congresso Mundial das Associações Homossexuais
Católicas, que preparou o presente documento, ao dar por concluídas as
sessões, depois de orar pedindo a Deus que iluminasse as nossas mentes,
os participantes acordaram ainda em deixar as seguintes reflexões:
Cremos que Deus Pai é o Criador de Todo o Universo. Portanto tudo o que existe é obra da sua Vontade e, em consequência:
- Pode existir algo que não tenha sido concebido por Ele?
- Se toda a natureza é Obra Sua, como pode existir algo de antinatural?
- Não nos levaria a supor a questão anterior a existência de outro criador diferente de Deus Pai?
- O antinatural é um conceito absolutamente impossível. Tudo o que existe, quer gostemos ou não, encontra-se no interior da natureza e é parte dela.
- Quando se fala de algo como antinatural não estaremos a confundir as leis morais com as leis naturais?
- Neste pressuposto, não estaremos a cometer o tremendo erro de hipostasiar a Natureza na moral?
- Quando se julga a homossexualidade como algo de antinatural, não estaremos a utilizar um conceito impossível para julgar a criação de Deus?
- Não estaremos a projetar os nossos medos e preconceitos ao julgar o que Deus criou?
- Contudo, pode o homem julgar o que Deus faz?
- Por acaso não é pecado de infinita soberba que a criatura julgue a Obra do Criador?
- Não é verdade que no Pai Nosso rezamos «Faça-se a Tua Vontade assim na Terra como no Céu»?
- Se confiamos nesta oração ensinada pelo próprio Jesus Cristo, como não podemos aceitar a Vontade do Pai em nós mesmos e no próximo?
- Porque se a pessoa homossexual não aceita em si mesmo a sua sexualidade, não está incumprindo a obrigação de todo o cristão de aceitar a Vontade do Pai?
- Contudo, se a pessoa heterossexual não aceita a homossexualidade do próximo, não está igualmente incumprindo essa Vontade do Criador?
Porque
não queremos projetar os nossos preconceitos e medos como se fossem
divinos, não deveríamos admitir que sobre a nossa limitada capacidade de
conhecer a Natureza se encontram factos reais e que é um facto real a
existência durante toda a história de pessoas homossexuais? E quem é,
senão Deus Pai, o Criador de todos os factos reais?
Esperamos
que este Congresso tenha sido o grão que foi lançado ao solo para dar
bons frutos. Eis porque, agora, apelamos a todos os irmãos e irmãs
homossexuais católicos de todo o mundo, que ainda não são membros da
WOHCA, para que se juntem a todos e todas nós e ajudem a construir esta
organização que é igualmente a sua, a fim de que possamos todos ser um
para que o mundo creia, tal como o Senhor nos pediu.
FONTE:aliancanacionallgbt
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Presas se sentem mais livres para assumir relações homoafetivas
A
notícia do relacionamento de Suzane Von Richthofen com a sequestradora
Sandra Regina Ruiz Gomes, ex-namorada de Elise Matsunaga, ganhou
destaque pela forma como a vida real pode ser ainda mais surpreendente
que a ficção. Apesar da surpresa que a notícia causou, dentro dos
presídios femininos, as relações homoafetivas com pessoas que até então
não se consideravam homossexuais são mais comuns do que se
imagina. Afinal, na prisão, não desaparece a necessidade pelo afeto,
companheirismo e pelos ganhos que uma relação pode trazer, sejam
eles sentimentais, financeiros ou de segurança – motivadores muitos
parecidos com os que existem fora dos muros das unidades prisionais. Mas
como as opções, na prisão, são limitadas, as presas acabam se sentindo
mais livres para se relacionar com pessoas do mesmo sexo, dizem
especialistas.
“São
relações que implicam em afeto, manutenção da vida cotidiana dentro da
prisão, tanto por meio de troca financeira, afetiva, de uma dar suporte
para outra, como um casal. É a possibilidade de encontros sexuais e
afetivos que as pessoas têm lá dentro, e aí se é homoafetiva ou
heteroafetiva acho que perde o sentido… é muito mais a possibilidade de
encontros pessoais, e ali são aquelas pessoas que estão disponíveis,
mais do que uma carga muito forte entre homossexualidade e
heterossexualidade”, explica a antropóloga Natália Corazza Padovani,
cujo projeto de doutorado, “Sobre casos e casamentos: Relacionamentos
amorosos e experiências de conjugalidade nas penitenciárias femininas
das cidades de São Paulo e Barcelona”, estuda o tema. Entre as 33
entrevistadas, 17 tiveram relacionamentos com pessoas do mesmo sexo
enquanto cumpriam pena.
No
caso de Suzane não foi bem um casamento, mas sim o reconhecimento do
relacionamento com Sandra dentro do Presídio Feminino de Tremembé I,
onde os casais possuem um tratamento diferenciado, segundo matéria
publicada no jornal Folha de S. Paulo. A companheira foi condenada em
2003 a 25 anos de prisão pelo sequestro e morte de um adolescente de 14
anos que era seu vizinho. Apesar da família ter pago o resgate de R$ 3
mil, o menino foi morto para impedir o reconhecimento dos autores do
crime. Na cadeia, ela seria conhecida como “barra pesada” e teve um
incidente de violência contra agentes prisionais.
A
forma como os relacionamentos são tratados pela administração de cada
uma das unidades prisionais femininas varia de acordo com a
interpretação dos diretores. O estudo da antropóloga, por exemplo,
mostra que mulheres mesmo casadas com homens de fora dos presídios
também se relacionam com mulheres dentro da prisão. Lá dentro se
destacam os transgêneros, que adotam um visual e corpulência masculina,
adotando inclusive nomes de homens, que costumam ser vistos como os
“pegadores”.
“Alguns
sapatões daqui são homens mesmo sabe? Alguns são muito bonitos,
lindos, altos, uns bofes, uns bofes lindos. É difícil de resistir, então
eu fico com um aqui, outro ali, mas nada sério porque eu não quero
confusão. Não quero namorar com nenhum sapatão. Eu quero mesmo é gozar!
Eles me fazem gozar muito! Mas eu quero continuar com meu marido, não
quero desistir da visita íntima. É bom sair um pouco do pavilhão, ir
para um lugar diferente. Independente de fazer sexo ou não, a visita
íntima são duas horas para viver a liberdade”, diz uma das presas casada
e com direitos a visitas íntimas com o marido, entrevistada pela
pesquisadora que demonstra bem como funciona essa dinâmica.
Há
até pouco tempo atrás o sistema carcerário reconhecia apenas os
relacionamentos heterossexuais, porque o entendimento era de que apenas
os homens tinham direito a satisfazer as necessidades da “natureza
masculina”, enquanto que a falta de regulamentação das visitas íntimas
homoafetivas nos presídios femininos era visto como um incentivo ao
homossexualismo pelo sistema.
Já
dentro das galerias e celas, as relações homoafetivas são vistas como
normalidade, o que não significa que não exista preconceito, ainda mais
com o crescimento da atuação das igrejas evangélicas dentro das unidades
prisionais.
“É
uma coisa que já teve mais preconceito do que tem tido atualmente. Isso
não quer dizer que não existam pessoas que estão em cumprimento de
pena, que considerem normal, principalmente como o advento das igrejas
evangélicas dentro das prisões e de terem uma presença muito forte.
Existe, claro, preconceito em relação às relações homoafetivas como
existem dentro das prisões, mas ao mesmo tempo é levado com normalidade é
considerado aceitável, ordinário no sentido de ser comum, e cotidiano
as relações. E são relações que implicam em afeto, manutenção da vida
cotidiana dentro da prisão, tanto por meio de troca financeira, afetiva,
de uma dar suporte para outra, como um casal”, diz Natália.
A
escolha de parceiros entre as presas segue a mesma dinâmica que se vê
fora dos presídios, até porque, pelo menos em penitenciárias femininas
de São Paulo, a questão da proteção contra violência ser vista pela
antropóloga não pode ser interpretado como algo totalmente determinante.
“Isso
acontece fora da prisão, como acontece dentro também, as pessoas
avaliam quais são as possibilidade de parceiros e vão avaliar várias
coisa, inclusive status, classe social. Os estudos sobre conjugalidade,
nesse sentido, mesmo fora das prisões têm chamado atenção para o fato de
que relações conjugais sobrepõem afeto, interesses, tanto fora como
dentro da prisão. E claro, dentro da prisão existia também isso, as
meninas que eram consideradas mais bonitas… você tem também uma divisão
dentro da prisão que é atravessada pelas pessoas que vem de fora das
prisões de classe social, de pessoas que têm melhor condição financeira,
uma questão racial, quem é branca, quem é negra, a localização
geográfica, se vem de um bairro x ou y, se á uma pessoa que vem da
cracolândia… todos os preconceitos e estereótipos que existe fora das
prisões também existe dentro”, explica.
O Terra entrou
em contato com a direção da Penitenciária Feminina de Tremembé I, onde
Suzane cumpre pena para saber como casais homoafetivos são tratados, mas
a entrevista só poderia ser concedida mediante autorização da
Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, que até a
publicação desta matéria, não deu resposta.
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