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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Veja o que pode acontecer com os investimentos com ou sem impeachment

A três dias da votação do impeachment da presidente Dilma na Câmara, o mercado já encontra-se borbulhando. As especulações se a presidente deixará ou não o governo têm afetado diariamente as ações da Bolsa e as taxas de juros, aumentando a volatilidade das aplicações. 
Na opinião de Flávio Conde, sócio-diretor da WhatsCall Research, a Bolsa já está se comportando com uma possível saída de Dilma, o que, segundo ele, é um cenário positivo para os investidores. “Dilma não vai continuar”, acredita o analista. 
Segundo Conde, ações como Petrobras (PETR4), Banco do Brasil (BBAS3) e Eletrobrás (ELET6) tendem a se beneficiar com o impeachment, enquanto empresas exportadoras, como as do setor de alimentos e celulose podem se prejudicar com a medida. O analista afirma que sem Dilma no governo, a tendência é de queda nos juros e redução nas cotações do dólar. 
Ronaldo Bella, assessor da Allux Investimentos, diz que o momento é muito complexo e que caso Dilma deixe o governo, a reação da Bolsa deverá ser positiva - mas não duradoura, já que as dúvidas a respeito de quem comandará o governo permanecerão no ar. “O que vai acontecer depois?”, indaga ao questionar as consequências dessa providência, e completa: “O dia seguinte será muito duro e a Bolsa irá refletir essa incerteza. As pessoas vão cair na realidade e perceber que nada foi resolvido”.

E se Dilma ficar?

No cenário contrário, ou seja, se Dilma permanecer no governo, o assessor acredita que o mercado deva reagir negativamente e a Bolsa deve sofrer forte impacto. 
De acordo com Bella, o ideal para quem quer continuar na Bolsa é ampliar as formas de ganhar dinheiro, sendo necessário aprender a operar na queda e em cenários de alta volatilidade. “É possível ganhar a curto prazo por meio de day trade ou em operações de dólar, mas é necessário que o investidor fique um pouco mais atento e tenha mais experiência”, explica. 
Assim como Conde, ele lembra que as ações que devem se beneficiar com o impeachment são aquelas que possuem maior participação estatal. 
Para quem quer exposição à bolsa ou dólar, mas com menos riscos, Bella também cita o investimento em COE como uma alternativa, pois a aplicação permite que o investidor tenha a garantia de receber o principal de volta em caso de cenário diferente do projetado pela estrutura do COE. Já para quem prefere investir em Renda Fixa, o assessor recomenda o investimento em prefixados, pois estes podem se favorecer com uma redução nas taxas de juros.  “Não acredito em uma alta dos juros. Devemos ver uma continuidade ou queda”, conclui.
Foto: AFP
Fonte: Yahoo 

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