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sábado, 4 de janeiro de 2014

Modelo é humilhada na Record ao tentar usar banheiro feminino, por ser transexual.

SEGUNDA-FEIRA, 30 DE DEZEMBRO DE 2013

Modelo é humilhada na Record ao tentar usar banheiro feminino, por ser transexual

Giovanna Über, 21 anos, Modelo mora em Mogi das Cruzes-SP e em agosto deste ano passou por uma situação humilhante, constrangedora e discriminatória dentro de uma das maiores emissoras de televisão do Brasil, a Rede Record e decidiu agora divulgar tudo o que aconteceu. Junto com amigas, através de uma caravana, foi a emissora assistir a dois programas "O Melhor do Brasil" e "Legendários", algo que deveria ser divertido se tornou um passeio com um final triste.
Confira o relato da Giovanna, sobre a discriminação que sofreu dentro da Record: "Eu cheguei de caravana na Record com o pessoal de Mogi das Cruzes, alguns amigos e outras pessoas. Chegando lá eles pediram a apresentação do RG, eu dei o meu rg e quando mostrei, o segurança já olhou pra mim e pro Rg umas 3 vezes, ai que ele entendeu que eu era trans, entramos e eu fui ao banheiro com as minhas amigas, entrei no banheiro das mulheres normalmente e sai, sentei pois na recepção estava lotada que não cabia gente, ai ficamos umas 2 hrs esperando até entrar, antes de entrar fui ao banheiro fazer xixi e ai quando eu ia entrar o segurança me barrou e disse assim: "Cade seu RG quero ver ele", ai eu disse que eu já havia mostrado o RG na recepção, pra que você quer de novo? ai ele disse: "No seu RG esta masculino não esta?" eu disse: "Sim pois não mudei a identidade ainda", ai ele disse "Então você não vai entrar no banheiro das mulheres se você quiser você entra no dos homens", ai eu disse que não podia que eu era uma mulher transexual, ai ele disse: "Então cade o papel que mostra que você é operada quero ver me mostra ai", eu disse que não tinha papel nenhum e que por direito eu tinha que usar banheiro feminino como eu uso em qualquer outro lugar, ai ele disse que se eu quisesse usaria o dos homens que ele esvaziaria o banheiro dos homens pra mim entrar e depois que eu saísse ai sim os homens poderiam usar o banheiro normalmente, ele disse isso na frente de todo mundo, dos meus amigos e ainda chamou uns 4 seguranças a mais pra ficar na minha frente pra que eu não entrasse no banheiro feminino, ai não usei o banheiro e entrei para assistir o programa, assisti gravei demorou muito, ai fui tentar usar de novo o banheiro e ele me barrou gritou comigo e disse assim "Amigão você não pode entrar ai, você é homem tem que usar banheiro de homem" e disse que isso são normas da Record, que a própria emissora deu essa ordem a eles e que eles só cumprem ordem da emissora, ele me constrangeu na frente de todos, todo mundo começou a rir de mim, muita gente não entendeu nada, uns olharam feio, outros com desprezo, me senti a pior pessoa do mundo, chorei passei mal e mesmo assim ele não deixou usar o banheiro"
A denúncia de discriminação praticada por seguranças da Rede Record foi encaminhada para a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo tendo como base a lei estadual 10.948/01 que pune administrativamente toda ação violenta e constrangedora praticada por motivos homofóbicos ou transfóbicos no estado de São Paulo. Geovana diz que não denunciou na época pois acreditava que não daria em nada e foi motivada por uma amiga a divulgar, informa que possuí testemunhas que estavam no momento e puderam presenciar toda a ocorrência do fato e que deseja processar a emissora por causa da humilhação, constrangimento e discriminação que passou. Já esta se consultando com advogados e esta sendo acompanhada pelo Fórum Mogiano LGBT. Toda essa situação poderia ser evitada se as pessoas respeitassem a identidade de gênero das pessoas trans*, a pessoa deve usar o banheiro conforme a sua identidade de gênero e não de acordo com o genital que possui ou documentos. Se você foi vítima de situações como esta, denuncie ligando para o Disque 100 (nacional) ou caso resida no estado de São Paulo, entre em contato com a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual, clicando aqui ou enviando e-mail para diversidadesexual@sp.gov.br. ( Do Blog do Dom.com )



 
Giovanna com amigas na entrada da Record (Arquivo Pessoal)

Giovanna Über, 21 anos, Modelo mora em Mogi das Cruzes-SP e em agosto deste ano passou por uma situação humilhante, constrangedora e discriminatória dentro de uma das maiores emissoras de televisão do Brasil, a Rede Record e decidiu agora divulgar tudo o que aconteceu.

Junto com amigas, através de uma caravana, foi a emissora assistir a dois programas "O Melhor do Brasil" e "Legendários", algo que deveria ser divertido se tornou um passeio com um final triste.

Giovanna e amiga na platéia para assistir o programa (Arquivo Pessoal)

Confira o relato da Giovanna, sobre a discriminação que sofreu dentro da Record:

"Eu cheguei de caravana na Record com o pessoal de Mogi das Cruzes, alguns amigos e outras pessoas. Chegando lá eles pediram a apresentação do RG, eu dei o meu rg e quando mostrei, o segurança já olhou pra mim e pro Rg umas 3 vezes, ai que ele entendeu que eu era trans, entramos e eu fui ao banheiro com as minhas amigas, entrei no banheiro das mulheres normalmente e sai, sentei pois na recepção estava lotada que não cabia gente, ai ficamos umas 2 hrs esperando até entrar, antes de entrar fui ao banheiro fazer xixi e ai quando eu ia entrar o segurança me barrou e disse assim: "Cade seu RG quero ver ele", ai eu disse que eu já havia mostrado o RG na recepção, pra que você quer de novo? ai ele disse: "No seu RG esta masculino não esta?" eu disse: "Sim pois não mudei a identidade ainda", ai ele disse "Então você não vai entrar no banheiro das mulheres se você quiser você entra no dos homens", ai eu disse que não podia que eu era uma mulher transexual, ai ele disse: "Então cade o papel que mostra que você é operada quero ver me mostra ai", eu disse que não tinha papel nenhum e que por direito eu tinha que usar banheiro feminino como eu uso em qualquer outro lugar, ai ele disse que se eu quisesse usaria o dos homens que ele esvaziaria o banheiro dos homens pra mim entrar e depois que eu saísse ai sim os homens poderiam usar o banheiro normalmente, ele disse isso na frente de todo mundo, dos meus amigos e ainda chamou uns 4 seguranças a mais pra ficar na minha frente pra que eu não entrasse no banheiro feminino, ai não usei o banheiro e entrei para assistir o programa, assisti gravei demorou muito, ai fui tentar usar de novo o banheiro e ele me barrou gritou comigo e disse assim "Amigão você não pode entrar ai, você é homem tem que usar banheiro de homem" e disse que isso são normas da Record, que a própria emissora deu essa ordem a eles e que eles só cumprem ordem da emissora, ele me constrangeu na frente de todos, todo mundo começou a rir de mim, muita gente não entendeu nada, uns olharam feio, outros com desprezo, me senti a pior pessoa do mundo, chorei passei mal e mesmo assim ele não deixou usar o banheiro"


"Eu disse que não podia [entrar no banheiro masculino], que eu era uma mulher transexual (...)"

A denúncia de discriminação praticada por seguranças da Rede Record foi encaminhada para a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo tendo como base a lei estadual 10.948/01 que pune administrativamente toda ação violenta e constrangedora praticada por motivos homofóbicos ou transfóbicos no estado de São Paulo.

Geovana diz que não denunciou na época pois acreditava que não daria em nada e foi motivada por uma amiga a divulgar, informa que possuí testemunhas que estavam no momento e puderam presenciar toda a ocorrência do fato e que deseja processar a emissora por causa da humilhação, constrangimento e discriminação que passou. Já esta se consultando com advogados e esta sendo acompanhada pelo Fórum Mogiano LGBT.

Toda essa situação poderia ser evitada se as pessoas respeitassem a identidade de gênero das pessoas trans*, a pessoa deve usar o banheiro conforme a sua identidade de gênero e não de acordo com o genital que possui ou documentos.

Se você foi vítima de situações como esta, denuncie ligando para o Disque 100 (nacional) ou caso resida no estado de São Paulo, entre em contato com a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual, clicando aqui ou enviando e-mail para diversidadesexual@sp.gov.br.


O Brasil precisa aprovar o Projeto de Lei de Identidade de Gênero, Lei João W. Nery! URGENTE!


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