Candidatos são denunciados por uso irregular do Facebook em campanha
Denunciados teriam postado pesquisa sem registro e histórico patrocinado.
Representação é da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Amapá.
Sete candidatos que disputaram as Eleições 2014 foram denunciados pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Amapa
por uso irregular do Facebook durante campanha eleitoral. Cinco
concorrentes teriam contratado na rede social a ferramenta de histórico
patrocinado para aumentar o alcance das publicações aos usuários. Os
outros dois foram denunciados por divulgação de pesquisas sem registro
na Justiça Eleitoral.
De acordo com o PRE, a contratação do histórico patrocinado foi
praticado pelo candidato ao Senado Pastor Jorvan (PRP) e o concorrente
ao governo Bruno Mineiro (PT do B). Marcos Roberto (PT) e Pastor Jorielson (PRP), que disputavam a Câmara dos Deputados; e Fabrício Furlan (PSOL),
candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), também
foram denunciados pela mesma infração. Eles podem ser condenados ao
pagamento de multa de até R$ 30 mil por terem pagado propaganda na
internet, prática vedada pela legislação eleitoral.
A assessoria de comunicação do candidato Bruno Mineiro informou que não
usou da ferramenta de forma irregular e lembrou que vários perfis falsos
dele foram criados durante a campanha. Pastor Jorielson, que também foi
porta-voz do Pastor Jorvan,
negou que ambos tenham usado o histórico patrocinado, e disse que algum
militante pode ter contratado o serviço. Marcos Roberto, Pastor Jorvan e
Fabrício Furlan não foram localizados.
Os denunciados por publicação de pesquisas de intenções de votos na internet foram Jorge Amanajás (PPS), que concorria ao governo; e o candidato a deputado estadual Washignton Picanço (PSB).
Além dos políticos, outros três eleitores são acusados da mesma
prática. Todos estão sujeitos a pagamento de multas à Justiça. Nenhum
dos denunciados foi localizado.
“A legitimidade e o equilíbrio das eleições são perigosamente afetados,
mormente quando se trata de divulgação da pesquisa nas redes sociais,
Facebook, por exemplo, dado o elevado potencial de massificação da
informação neste meio, a partir de compartilhamentos com outros
usuários”, diz trecho da representação da PRE do Amapá.
Fonte G1 AP
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