Visitantes

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Filhote de peixe-boi resgatado no AP recebe acompanhamento 24 horas

Batizado de 'Vitor', ele foi encontrado encalhado em 14 de setembro.
Destino de animal ainda vai ser definido.

 O filhote de peixe-boi encontrado no dia 14 de setembro de 2013 por uma equipe de brigadistas da Estação Ecológica (Esec) de Maracá-Jipioca recebe acompanhamento de especialistas 24 horas. Ele se recupera no Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), no bairro Brasil Novo, Zona Norte de Macapá. O animal estava encalhado no Rio Amapazinho, na cidade de Amapá, a 302 quilômetros de Macapá.

Os especialistas concluíram que o animal tem poucos meses de vida, e necessita de amamentação e cuidados com a saúde.

Batizado de 'Vitor', o peixe-boi mede 1,1 metro de comprimento e tem 20 quilos. Por causa do que ocorreu, o animal passa por reabilitação no Cetas. Ele se alimenta de leite 7 vezes ao dia e de pequenas plantas aquáticas.

"Fazemos 7 mamadeiras com 250 ml, cada. Ele não chega a tomar tudo porque derrama um pouco pelo fato de não estar acostumado com a mamadeira. Então acreditamos que por dia o peixe-boi se alimente com 1 litro de leite. Mas usamos um bico de mamadeira para que a forma como ele é alimentado seja semelhante à recebida pela mãe", explicou a veterinária Sandra Romeiro.

Durante o tempo que ficou encalhado, o peixe-boi chegou a sofrer ataques de urubus às margens do Rio Amapazinho, provocando pequenos ferimentos no entorno dos olhos do animal. Entre as medicações recebidas pelo mamífero, é aplicada uma pomada ao redor dos olhos para curar o ferimento.

Além dos cuidados dos funcionários do Cetas, o peixe-boi também tem o acompanhamento de 5 pessoas do Instituto Mamirauá, do Amazonas. A ONG também comprou os medicamentos usados no tratamento do animal.

"Desde que o animal chegou estamos fazendo o acompanhamento das amamentações, medicamentos e de qualquer alteração que ele pode apresentar. Então estamos aqui 24 horas para ver de perto como o peixe-boi está", comentou a pesquisadora do Mamirauá, Daiane Barbosa.

Segundo Sandra Romeiro, ainda é cedo para saber por quanto tempo o filhote de peixe-boi vai ser acompanhado por especialistas. "Mas após a reabilitação dele, vamos soltá-lo em ambiente natural", adiantou. 

Transferência 

Logo que chegou ao centro de tratamento, houve a possibilidade de transferir o peixe-boi para um cativeiro em ambiente natural na Ilha do Marajó, no Pará. Mas o destino do animal ainda é incerto porque existe a intenção de construir um cativeiro com as mesmas características no Amapá.

"Nossa vontade é construir um semi-cativeiro, que possui características naturais, no município de Amapá, onde ele foi capturado. Ele vai ficar aqui mais um pouco até ficar estável. Somando o período que o peixe-boi vai ficar no Cetas e no semi-cativeiro, esperamos soltá-lo em 2 anos. Vai ser difícil trazê-lo de volta", destacou a veterinária.

"O Mamirauá se dispôs a arcar com as despesas do transporte, mas o destino ainda é incerto porque estamos conversando sobre isso", acrescentou a pesquisadora da ONG.

F.G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário