Um partido novo, com postura ideológica de esquerda e que se diz
defensor da ética na política é a legenda que apresentará mais
candidaturas ao eleitorado nas capitais
brasileiras. Com 23 candidatos, o Psol tenta se tornar um partido
nacional, apesar do pouco tempo de vida da sigla e da baixa densidade
eleitoral apresentada nas eleições anteriores.
“O Psol é um partido que tem um programa diferenciado e uma
identidade socialista forte que está se afirmando. A sigla tem só sete
anos e ela tem que se afirmar nacionalmente, de forma que é uma
tendência natural encabeçar a chapa para divulgar sua ideologia. Além
disso, a proposta politica de alianças do Psol, apesar de ter algum grau
de amplitude, não é tão flexível como a do PT e de outros partidos”,
afirmou o presidente nacional do Psol, deputado federal Ivan Valente.
Ainda sobre as alianças, Valente afirma que o partido possui uma gama
limitada de legendas com as quais pode se alinhar, por questões
programáticas. Entre essas agremiações, estão partidos que já formaram a
frente popular (PDT, PSB, PCdoB) e a frente de esquerda (PSTU, PCB). “O
projeto do partido é lançar candidaturas próprias. Entre os partidos de
esquerda somos o que tem maior projeção institucional, projetando
quadros com uma boa capacidade de disputa em capitais importantes, como
Rio de Janeiro, Belém, Macapá e Fortaleza”, relatou o deputado.
Polarização PT-PSDB
PT e PSDB, dois partidos que polarizam as disputas nacionais nas últimas duas décadas apresentam um número de candidatos semelhante. Enquanto os petistas encabeçam 17 coligações, os tucanos apresentam 18 candidatos nas capitais. A principal disputa envolvendo as duas siglas se situa em São Paulo, onde o ex-governador do Estado, José Serra (PSDB) enfrenta a emergente campanha de Fernando Haddad (PT), apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
PT e PSDB, dois partidos que polarizam as disputas nacionais nas últimas duas décadas apresentam um número de candidatos semelhante. Enquanto os petistas encabeçam 17 coligações, os tucanos apresentam 18 candidatos nas capitais. A principal disputa envolvendo as duas siglas se situa em São Paulo, onde o ex-governador do Estado, José Serra (PSDB) enfrenta a emergente campanha de Fernando Haddad (PT), apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as duas legendas está o PMDB, com 12 candidatos. Conhecidos
pelo pragmatismo quando o assunto é a formação de coligações, os
peemedebistas são aliados tanto de tucanos quanto de petistas,
dependendo da capital do país. Se no Rio de Janeiro, o PMDB tem o PT
como aliado de primeira ordem do atual prefeito e concorrente à
reeleição, Eduardo Paes (PMDB), em Vitória, os peemedebistas integram a
chapa de Luiz Paulo (PSDB), em uma situação que se repete em várias
outras cidades.
Partidos tradicionais perdem força
Além do Psol, dos 29 partidos brasileiros que irão apresentar candidatos em todo o país, PT, PSDB, PMDB, PSTU, PSB e PPL superam o número de 10 candidatos nas capitais. Na outra ponta, partidos tradicionais perdem espaço no cenário nacional. É o caso do PTB, PP e Democratas, que somados apresentarão 15 candidatos nas capitais.
Partidos tradicionais perdem força
Além do Psol, dos 29 partidos brasileiros que irão apresentar candidatos em todo o país, PT, PSDB, PMDB, PSTU, PSB e PPL superam o número de 10 candidatos nas capitais. Na outra ponta, partidos tradicionais perdem espaço no cenário nacional. É o caso do PTB, PP e Democratas, que somados apresentarão 15 candidatos nas capitais.
Apesar de nas capitais o DEM ter oito candidatos, se situando em uma
faixa intermediária com relação a outros partidos, o presidente nacional
da legenda, senador Agripino Maia aponta um crescimento da sigla em
esfera nacional. “Podemos eleger prefeitos de cidades grandes, como
Salvador, Aracaju, Fortaleza, o que já significa o quadro 2008 um avanço
muito grande com relação ao quadro de 2008. Em uma avaliação madura,
consciente, racional, o partido tem hoje totais condições de crescer”,
afiançou o senador do Rio Grande do Norte.
Nanicos para sempre
O PTN é o único partido brasileiro que não terá candidato em nenhuma capital. Um pouco melhor que o Partido Trabalhista Nacional, PRP, PTC e PHS apresentam um único candidato, cada, nas capitais.
O PTN é o único partido brasileiro que não terá candidato em nenhuma capital. Um pouco melhor que o Partido Trabalhista Nacional, PRP, PTC e PHS apresentam um único candidato, cada, nas capitais.
De acordo com o doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, Edison Nunes, a falta de
candidaturas dos partidos chamados de nanicos tem razões claras. “Como
não há um maior contato do candidato com o eleitor pela mídia ou pelas
grandes organizações não se forma um incentivo para apoiar pequenos
partidos por não terem nomes capazes de galvanizar uma disputa numa
grande cidade. Além disso, os custos de campanha são muito altos e as
pessoas que estão dentro das pequenas siglas não possuem grande
experiência política”.
Para Nunes, a existência de siglas com pouca capacidade eleitoral não
é problemática para a política nacional e não existe uma única maneira
para um partido se tornar mais representativo. “Os partidos são meios
fundamentais da disputa eleitoral. A razão de existir de pequenos
partidos é que eles representam setores da sociedade que não tem espaços
mais amplos. São partidos nacionais, pois mesmo que não concorram a
cargos majoritários, tem candidatos às câmaras municipais. Os partidos
pequenos não atrapalham nossa democracia”.
–
Murilo Matias
Terra
Murilo Matias
Terra
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