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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Alunos de escola pública lucram com produção e venda de balde artesanal

Em 3 meses, lucro foi de 20% com as vendas, dizem alunos no Amapá.
Programa Junior Achievement ensina sobre negócio próprio a estudantes.


Produtos são vendidos em média a R$ 35 em Macapá (Foto: Jéssica Alves/G1)

Estudantes da Escola Estadual Professor Gabriel de Almeida Café trabalham há cerca de três meses na produção de baldes artesanais personalizados com estampas em tecido. A produção faz parte do programa Junior Achievement, que ensina estudantes do ensino médio a abrir empresa e vender produtos. Eles dizem que lucraram cerca de 20% com a comercialização dos baldes.
Produção faz parte do programa Junior Achievement (Foto: Jéssica Alves/G1)Produção faz parte do programa Junior
Achievement (Foto: Jéssica Alves/G1)
Os baldes são vendidos ao preço médio de R$ 35. Os alunos disponibilizam a mercadoria por meio da empresa Art Bucket S/A, com diversas opções de estampas, que foram pré-fabricadas ou podem ser feitas por encomenda.
Segundo os estudantes, em média 10 baldes são montados diariamente, por uma equipe de 20 alunos participantes. O produto pode ter diversas utilidades, como decoração ou depósito para objetos.
Eles criam os produtos e administram da produção à comercialização, tudo com a supervisão do coordenador da empresa, Danilo Oliveira, representante do programa Junior Achievement, que orienta o passo a passo dos estudantes no negócio, com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amapá (Sebrae).
"Os participantes do programa recebem um salário simbólico e cumprem horários, como em uma empresa qualquer. A miniempresa criada pelos estudantes recolhe impostos e encargos, que depois serão doados para instituições de caridades escolhidas pelo grupo", explicou Oliveira.
Tamires da Silva diz que ideia surgiu em votação do grupo (Foto: Jéssica Alves/G1)Tamires da Silva diz que ideia surgiu em votação
do grupo (Foto: Jéssica Alves/G1)
De acordo com a estudante do 2º ano Tamires da Silva, de 16 anos, a ideia dos baldes personalizados surgiu por meio de votação dos participantes da empresa. Ela confessou que não acreditava que o produto pudesse ser bem aceito no mercado.
"Pensamos em algo inovador, que fosse útil para as pessoas e também prezasse pela reciclagem. Mas assim mesmo achei que poderíamos ficar sem lucrar porque o produto não seria aceito pelos clientes. Mas tivemos a boa surpresa de ter muita procura. Estamos satisfeitos", disse.
A aluna do 2º ano Elizandra Azevedo, de 16 anos, diz que com a participação na empresa pensou em diversas ideias e que pretende investir em um negócio próprio no futuro. "Estou aprendendo na prática como funciona uma empresa e isso plantou uma semente para que eu invista em um negócio, que pretendo fazer, se tudo der certo", falou.
A gerente do Junior Achievement no Amapá, Ana Macedo, disse que ideias como a dos estudante surgem da necessidade dos alunos, como consumidores. "Eles são orientados a olhar o entorno e ver o que eles precisam no dia a dia deles. É uma das formas de desenvolvimento de todos os produtos das miniempresas", explicou.
Ela lembrou que a convivência com profissionais do mercado, desenvolvida durante o programa da Junior Achievement, é importante no crescimento profissional dos estudantes. "Esse contato faz com que eles tenham uma base muito melhor e bastante informação para tomar decisões na vida", comentou.
G1 AP

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