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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Análise de bamba - 30/10/2012 às 08:31:36 O fator PSB Eliane Cantanhêde / Folha de S.Paulo O PT ganhou a joia da coroa, São Paulo, mas levou a pior ao bater de frente com o PSB em Recife e Belo Horizonte, no primeiro turno, e em Fortaleza e Cuiabá, no segundo. Sem falar em Campinas. É assim, batendo o PT, avançando no Nordeste, conquistando espaço no Sudeste e com o troféu de principal vencedor nas cem cidades mais pobres, que o PSB se consolida como força política relevante no país. Com a vantagem de ser simultaneamente aliado do governo Dilma e interlocutor dileto da oposição. Ou seja: o PSB e seu grande líder, o governador Eduardo Campos (PE), mantêm as vantagens e luxos de quem está casado com o poder, mas já se preparando para fazer o inverso do PSD de Kassab: trair o PT com o amante PSDB. Possivelmente, não ainda em 2014, mas já em 2018. Tudo é questão de oportunidade. Leia + Toma lá, dá cá - 30/10/2012 às 08:07:28 Aécio contesta Lula e diz que oposição não foi dizimada Maria Lima / O GLOBO Ausente de toda a campanha do correligionário José Serra na disputa com o prefeito eleito Fernando Haddad, o senador Aécio Neves (PSDB-SP) desembarcou ontem na capital paulista para visitar o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). Aécio não quis dar conotação política ao encontro, mas nas primeiras análises após eleições, rebateu a interpretação do ex-presidente Lula de que o PSDB foi dizimado nas regiões Sul e Sudeste. Lembrou que é os tucanos governam Minas Gerais, São Paulo e Paraná, o que representa quase 50% do eleitorado dessa região, além de vitórias, em Pelotas e Blumenau, contra candidatos do PT. Segundo Aécio, com exceção da capital São Paulo, entre as 50 maiores cidades com mais de 200 mil habitantes, no segundo turno, a oposição (PPS,DEM, PSOL e PSDB) cresceu de 10 para 25 cidades; e o PT caiu de 22 para 16. Leia + Desarmando o palanque - 30/10/2012 às 08:01:22 Campos: 'É preciso usar a força política em defesa dos interesses do Brasil' Letícia Lins / O GLOBO Depois de registrar crescimento de 42% no número de prefeitos do PSB, o presidente nacional do partido, Eduardo Campos, afirmou ontem que vai usar essa força política para defender os interesses do país. Campos voltou a negar que esteja em campanha para 2014, embora já tenha começado discurso e práticas que indicam movimento nesse sentido. Ontem, por telefone, a presidente Dilma Rousseff o convidou para ir a Brasília, mas a data do encontro não está definida. Entre hoje e o dia 2 de dezembro, Campos reúne na capital do país os 440 prefeitos eleitos pelo PSB em seminário sobre planejamento de gestão, no qual serão discutidas experiências positivas do partido. O objetivo, embora o governador não admita, é fazer do PSB uma vitrine, que possa ser utilizada com exemplos de administração em uma eventual campanha presidencial. Leia + Direto do Meio do Mundo - Prefeito eleito de Macapá pelo PSOL diz querer diálogo com Sarney



Renato Onofre / O GLOBO
 
O primeiro prefeito de capital eleito pelo PSOL, Clécio Luís, em Macapá, diz que quer diálogo com o senador José Sarney (PMDB) e elogia a adesão do DEM e do PSDB à sua candidatura no segundo turno. O posicionamento enfrenta críticas na legenda que nasceu do descontentamento de petistas às políticas de aliança adotadas no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Clécio afirma que a hora é de pensar o papel do PSOL na construção política nacional e diz que não há antagonismo em estar próximo a desafetos nacionais da legenda.
 
- Essa experiência vai levar o PSOL a fazer reflexões. Vai forçar o partido a refletir sobre si mesmo. O que temos que aprender é que as diferenças regionais devem ser compreendidas pelo partido e respeitadas. Aqui, no Macapá, funcionamos diferentemente do que em São Paulo e Rio - defende Clécio.
 
Para ele, é natural manter relação institucional com o presidente do Senado, José Sarney, senador pelo Amapá: - Não é o militante Clécio que está procurando o cacique José Sarney. É o prefeito que vai procurar a base parlamentar eleita pelo povo de Macapá para pedir ajuda. Para que eles cumpram seu papel institucional. Não podemos abrir mão da ajuda de ninguém. Então é necessário que a gente abra esse dialogo institucional republicano - justifica.
 
Foi por discordar de votar em Sarney para a presidência do Senado, em 2003, que a ex-senadora Heloisa Helena entrou em rota de colisão com a direção nacional do PT, o que levou à sua expulsão e à criação do PSOL no ano seguinte. Na época, em repúdio, a ex-deputada federal Luciana Genro desabafou em uma reunião do diretório nacional petista: "O diretório nacional tem vergonha da história do Partido dos Trabalhadores, tem vergonha dos discursos inflamados que fez o companheiro Lula, atacando aquele que hoje é presidente do Senado com apoio do Partido dos Trabalhadores, senador José Sarney". Ela também sairia do PT.
 
O atual racha no PSOL veio à tona depois que a própria Luciana e outros 33 dirigentes do partido classificaram a aliança com o DEM em Macapá como "agressão" ao partido. "Se esta aliança se mantiver, representará uma mancha que envergonhará e indignará todo o PSOL", disseram em nota.
 
O presidente nacional da legenda, Ivan Valente, minimizou a polêmica ao tratar o assunto como adesão e não aliança. Clécio fez questão de afirmar que não foram negociados espaços em seu governo.
 
O deputado federal Chico Alencar vê, na discussão, uma oportunidade para não cometer os erros do PT: - A gente tem que escrever uma nova gramática no exercício do poder. Essa fato é inédito, e vamos ter que discutir internamente como ele deve ser conduzido. O que não podemos é seguir as práticas que o PT assumiu e que levaram aos mensalões da vida. São as dores do crescimento.

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