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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vitória de Clécio empurra “harmonia” para a porta dos fundos da história.

No meio da campanha eleitoral do segundo turno, o PSOL do Ceará emitiu uma nota furiosa protestando contra as “alianças” do mesmo PSOL, no Amapá. Intitulado, “Em nosso nome, não”, o protesto fazia referência aos apoios manifestados pelo PTB, através do vereador eleito, Lucas Barreto, do DEM, pelo deputado federal Davi Alcolumbre, e do ex-senador tucano Papaléo Paes, à candidatura do professor Clécio Luiz, do PSOL, à Prefeitura de Macapá.
É absolutamente correto pensar que as “alianças espúrias” apontadas pelos cearenses não foram estabelecidas “em nome” deles, mas é rigorosamente certo acreditar que essas alianças foram feitas com objetivos nobres, em nome de quatrocentos mil habitantes de Macapá. A decisão do comando do PSOL no Amapá rompeu com a visão caolha de alguns partidos brasileiros, que só encontram virtudes nos entornos dos próprios umbigos, seguindo a velha máxima do “só é crime quando outros praticam”, ou seja, a base da hipocrisia que alimenta essa mentirada toda da moralidade exclusiva. A história tem provado essa falsidade.
A eleição que Clécio venceu no domingo não era uma eleição como outra qualquer. Coube ao PSOL a responsabilidade de comandar o que se esperava ser a última tentativa de erradicar do controle do poder no Amapá, um grupo político poderoso, com muito dinheiro para a compra de votos, pronto para ganhar mais uma eleição da forma condenável como sempre ganhou. Era o momento de juntar todas as forças capazes de ajudar na busca desse objetivo. E por que não Lucas, Davi, Papaléo e Jorge Amanajás? Todos eles tinham pleno conhecimento do que o PSOL e seus aliados pretendiam para o município de Macapá, e se ofereceram apoio era porque concordavam com eles, então eram alianças positivas. E sendo assim, seria justo negar a concretização dessas alianças limpas, porque alguém acredita que seu partido é uma ilha de inocentes cercada exclusivamente por bandidos? E se fosse você, deixaria de fazer as alianças, colocando em risco a qualidade de vida dos quatrocentos e vinte mil habitantes de Macapá?
No final desta etapa da vida amapaense, Clécio venceu uma eleição muito difícil, e deu mais um empurrão no grupo que se autodenominou de “harmonia”, na direção da porta dos fundos da história, por onde, espera-se, seus integrantes nunca mais voltem a entrar. (Antonio Corrêa Neto)

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