Documento explica que falsas denúncias são articuladas pelo
senador Renan Calheiros, contra quem o PSOL luta desde 2007, encabeçando
o movimento “Fora Renan”
A Executiva Nacional do PSOL, em conjunto com a bancada do partido no
Congresso Nacional, divulga nesta quarta-feira (20) uma nota em defesa
do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que tem sido vitima de falsas
denúncias levadas a cabo por políticos do Amapá considerados
“fichas-sujas”. A solidariedade do partido se dá logo após constantes
investidas de setores conservadores do Estado, em jornais da grande
imprensa, que acusam Randolfe de ter recebido mesada durante seis meses
como deputado estadual do Amapá. De acordo com a nota, tais investidas
são capitaneadas pelo atual presidente do Senado Federal, Renan
Calheiros (AL). “Na verdade, o artífice desta ofensiva é Renan
Calheiros, cujas credenciais dispensam comentários e contra quem o PSOL
lutou sem trégua, desde 2007, quando encabeçou a campanha ‘Fora Renan’”,
ressalta o documento.
Ao final, a Executiva do PSOL e a bancada do partido enfatizam que “o
PSOL não irá se intimidar com mais esta tentativa de colocar nosso
partido na vala comum dos ‘fichas-sujas’. Querem nos calar a todo custo,
pois sabem que somos hoje o único partido no Congresso Nacional que
defende de forma homogênea a ética, de maneira intransigente, e que não é
conivente com desvios de conduta, mesmo que estes interesses poderosos
nos ameacem com todo tipo de violência e arbitrariedade”.
Confira abaixo a íntegra da nota, assinada pela Executiva Nacional do PSOL e pela Bancada do PSOL no Congresso Nacional.
Nota da Executiva Nacional e da bancada federal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em apoio ao senador Randolfe Rodrigues
Prestamos nossa solidariedade ao companheiro senador Randolfe
Rodrigues, vítima de um ataque calunioso de parte de quem não tem a
mínima credibilidade: senador Renan Calheiros, presidente do Senado
Federal.
Renan encaminhou à Procuradoria Geral da República petição contra o
senador Randolfe Rodrigues a partir de uma denúncia falsa divulgada por
um notório “ficha-suja” do Estado do Amapá, condenado por improbidade
administrativa e indiciado pela CPI do Narcotráfico. Trata-se do
ex-presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Fran Júnior, atual
chefe de gabinete do deputado estadual do Amapá, Moisés Souza (PSC),
também ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado, afastado em
2012 por denúncias de formação de quadrilha, fraude em licitação,
peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foi também um dos
denunciados pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Narcotráfico, do
Senado, acusado de envolvimento no crime organizado, tráfico de drogas e
corrupção ativa.
Fran Júnior, porém, é só a face pública do ataque da direita
brasileira ao PSOL. Na verdade, o artífice desta ofensiva é Renan
Calheiros, cujas credenciais dispensam comentários e contra quem o PSOL
lutou sem trégua, desde 2007, quando encabeçou a campanha “Fora Renan”.
Estes ataques contra o senador não são novidade, visto seus
enfrentamentos contra o crime organizado no Amapá desde quando era
deputado estadual, sempre atuando ao lado Ministério Público.
Consoante com a posição do PSOL em favor de todas as investigações
necessárias, o próprio Randolfe se antecipou e pediu a investigação
total do “dossiê”. O Ministério Público do Amapá já enviou resposta à
representação protocolada em agosto de 2012. O MP considerou as
denúncias improcedentes e investigará o autor delas por falsidade
ideológica. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal enviarão ao
senador a microfilmagem de todos os cheques recebidos por ele no período
de seu mandato de deputado estadual. Randolfe também protocolou uma
Notícia Crime, em setembro de 2012, no Ministério Público Federal. Nela
ele pede que o MPF investigue o autor do recibo falsificado que consta
do dossiê e que seja realizada uma perícia nos documentos. Na Polícia
Federal, Randolfe solicitou a abertura de inquérito e foi à PGR pedir
para que o Procurador Geral da República investigue o dossiê e comprove a
sua falsidade.
O PSOL não irá se intimidar com mais esta tentativa de colocar nosso
partido na vala comum dos “fichas-sujas”. Querem nos calar a todo custo,
pois sabem que somos hoje o único partido no Congresso Nacional que
defende de forma homogênea a ética, de maneira intransigente, e que não é
conivente com desvios de conduta, mesmo que estes interesses poderosos
nos ameacem com todo tipo de violência e arbitrariedade. De nossa parte,
não há o que temer quando se está do lado da justiça por isso prestamos
nossa solidariedade ao companheiro Randolfe Rodrigues, o qual tem se
destacado na luta contra o crime organizado no Amapá e no Brasil.
Executiva Nacional do PSOL e Bancada no Congresso Nacional
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