O delegado Júlio César Darques,
titular da Delegacia de Polícia Civil do município de Porto Grande,
distante 102 quilômetros da capital, Macapá, disse em entrevista, por
telefone, ao Diário, nesta quinta-feira, 25, que o casal Gilson Carlos
Rodrigues de Oliveira, de 38 anos, e Claudinete Corrêa Moraes, de 34,
foi indiciado pelo crime de homicídio privilegiado qualificado praticado
contra o avicultor João Câncio Ribeiro, de 62 anos.
O
crime ocorreu na tarde de quarta-feira, 24, na propriedade onde a
vítima tinha uma criação de galinhas e uma espécie de balneário. João
Câncio foi morto com três terçadadas na cabeça depois que Claudinete
Moraes descobriu que um dia antes a filha dela, de 11 anos, tinha sido
abusada sexualmente pelo ancião.
“Infelizmente essa foi a segunda vez que
essa menina foi violentada sexualmente. No primeiro caso, ela tinha
apenas 7 anos. A garota contou em depoimento que por volta das 17h de
terça-feira, 23, o senhor João Câncio a chamou para ir até à casa dele
pegar uns ovos. Ele a atraiu até o quarto, onde cometeu o crime. A
menina relutou em dizer à mãe o que havia ocorrido, mas Claudinete
percebeu o comportamento alterado da filha na quarta-feira e resolveu
pressioná-la. Foi quando a menor contou que tinha sido novamente
abusada”, disse o delegado.
Júlio César Darques ainda revelou que o
crime ocorreu sob forte emoção. “A mãe, ao saber do ocorrido e tomada
por forte emoção, armou-se com um terçado e foi acompanhada pelo marido,
que é padrasto da menina. Eles seguiram armados até à casa da vítima,
que tomava café na cozinha e estava somente de cueca. João Câncio ainda
tentou correr para o terreno vizinho, no sentido de fugir, mas acabou
golpeado na cabeça três vezes e morreu na hora”, detalhou.
O casal fugiu, mas acabou preso em
seguida. O corpo foi removido para o Departamento de Medicina Legal
(DML) da Polícia Técnico Científica (Politec) para ser necropsiado.
“Indiciamos o casal pelo crime de
homicídio privilegiado qualificado. Privilegiado, em razão de o
homicídio ter sido cometido por violenta emoção, já que a filha da
suspeita tinha sido estuprada, e qualificado porque a vítima não teve
possibilidade de defesa”, concluiu.
Claudinete e Gilson estão presos
aguardando audiência de custódia que decidirá se eles permanecerão
presos ou responderão ao processo em liberdade.
FONTE: diário do Amapá
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