Segundo administrador, não há recursos para manter o local.
Localizada em Santana, Revecon abriga 604 animais silvestres.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (Revecon), localizada na Vila Amazonas, no município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá,
passa por crise financeira e ameaça fechar. A principal dificuldade é
referente à falta de recursos para manter a alimentação dos animais, o
pagamento de funcionários e os reparos nas estruturas físicas do local,
segundo pontuou Paulo Amorin, que administra o espaço.
Criada em 1998, a Revecon é um centro voluntário para atendimento e
hospedagem de animais silvestres. Desenvolve atividades de educação
ambiental e pesquisas em ecossistemas naturais da fauna e da flora. O
espaço físico da reserva é particular e os animais são de
responsabilidade do poder público estadual.
Segundo Paulo Roberto Amorin, médico veterinário aposentado e
administrador do local, até o ano 2006, as despesas do espaço eram pagas
com recursos próprios, "mas o aumento da quantidade de animais
impossibilitou a Revencon de manter o funcionamento do local", disse, e
acrescentou: "Minha família comprou o terreno, cuidamos de 604 animais.
Recebemos animais apreendidos pelo Batalhão Ambiental. Não queremos
deixar de realizar esse trabalho com eles", lamentou Amorin.
O administrador do local informou que em 2006 apresentou um projeto
para a Secretaria do Meio Ambiente do Amapa (Sema), pedindo ajuda
financeira. O projeto foi aprovado e um convênio no valor de R$ 49 mil
para serem pagos anualmente foi firmado. "Devido à mudança de rubrica de órgãos, a responsabilidade do convênio,
que antes era da Sema, passou a ser do Imap [Instituto de Meio Ambiente e
Ordenamento Territorial do Amapá]. A instituição ficou responsável em
alavancar recursos através das empresas que buscam licenciamento
ambiental para se instalarem no estado, e ainda um recurso próprio da
secretaria. Mas, até o momento, não recebi o recurso próprio do Imap,
estamos contando apenas com o recurso de duas empresas", reclamou.
Amorin falou que o valor recebido atualmente, oriundo das duas empresas
parceiras, somam R$ 6,5 mil. As despesas da reserva, no entanto, chegam
a R$ 15 mil mensais, segundo calculou. "Gastamos muito com a
alimentação dos animais. Estou devendo o salário de dois funcionários e
ainda não tenho condições de fazer os reparos da estrutura física da
reserva", lamentou.
O diretor-presidente do Imap, Marcelo da Silva Oliveira, disse que
reconhece a importância da Revecon no processo de educação ambiental e
tratamento com os animais no Amapá. "No ano passado conseguimos
alavancar um recurso no valor de R$ 8 mil, por meio de um termo de
cooperação técnica com a empresa Ancel. Mas o período de execução
encerrou. Agora estamos procurando fazer o mesmo trâmite com outras
empresas, para que a reserva seja apoiada", afirmou o diretor.
Em relação ao recurso próprio do Imap, Marcelo Oliveira afirmou que o
processo não é legal, pois a Revecon é instituição particular. "A área é
particular. E também não possuímos recursos próprios para esse fim",
explicou.
Revecon
A reserva possui uma área de 170 mil metros quadrados, com logradouros
que abrigam amimais como onça pintada, lontra, macacos, papagaios,
araras e tucanos. Além de uma nascente do Rio Amazonas.Crise financeira ameaça permanência de reserva ambiental no Amapá
Segundo administrador, não há recursos para manter o local.
Localizada em Santana, Revecon abriga 604 animais silvestres.
G1
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