“A impressão que tenho é que o Demóstenes que nós conhecemos não
existe mais”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) no programa
de rádio Luiz Melo Entrevista, na Diário FM
em Macapá, segunda-feira (23). O senador integra a CPMI que vai
investigar as ligações entre políticos do Congresso Nacional com o
contraventor Carlos Cachoeira. “A República é um regime complexo, e nós
temos que agir de forma republicana, separando as questões pessoais
daquelas de interesse coletivo”, completou.
Para o senador, a CPMI do Cachoeira, como está sendo chamada pelos
meios de comunicação, “é apenas da ponta do iceberg” e pode revelar uma
rede de corrupção envolvendo parlamentares, chefes do Executivo e
empresários. Indicado pelo Democratas para a vaga na CPI, por
reconhecimento à sua atuação no Senado, Randolfe disse que não fez
nenhum acordo com partido algum. Agradece a indicação, mas afirmou que
vai investigar todos os envolvidos, inclusive os do DEM, “doa em quem
doer”.
Sobre os acontecimentos locais, o senador do PSOL avaliou que “o
Amapá vive uma crise política”. Reafirmou que sua postura é a mesma que o
conduz na esfera nacional, ou seja, “que seja investigado quem tiver
que ser e que seja apurado o que tiver que ser”. Para Randolfe o
compromisso de seu mandato, assumido desde a campanha eleitoral de 2010,
nesse tema, é com as instituições fiscalizadoras, que tem o papel de
assegurar que os recursos públicos sejam aplicados em benefício da
população.
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Márcia Corrêa
Márcia Corrêa
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