Bloqueio de índios Parakanã na Transamazônica chega ao quarto dia
Etnia reivindica melhores condições de saúde, pavimentação e energia elétrica
Eletronorte informou que acompanha o caso e mantém contato com índios.
O bloqueio realizado por índios da etnia Parakanã na rodovia
Transamazônica, no sudeste do Pará, chegou ao quarto dia nesta
segunda-feira (26).Cerca de 150 indios participaram da manifestação no trecho da rodovia na ponte do Bacuri,
que liga os municípios de Marabá e Novo Repartimento, em um protesto
por melhores condições de saúde, pavimentação das estradas que dão
acesso às aldeias e energia elétrica.
Segundo o cacique Kwatine Parakanã, as condições em que vivem os quase
500 índios da reserva Parakanã ficaram precárias após eles terem sido
remanejados pela Eletronorte da área em que viviam antes da construção
da Hidrelétrica de Tucuruí. A Eletronorte informou em nota que está
acompanhando os acontecimentos e que mantém contato permanente com a
comunidade Parakanã por meio de sua área de meio ambiente e de seu
consultor indigenista.
O grupo afirma que só irá liberar a rodovia com a chegada de
representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai). A Funai ainda não
comentou o assunto. Sobre as melhorias nas vias de acesso às aldeias, o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ainda não
se manifestou.
Cerca de seis aldeias são representadas na manifestação. O cacique
Haytyga Parakanã ressaltou que os indígenas também pedem a construção de
casas, posto de saúde e escola na área, além de melhorias na
infraestrutura com a implantação de rede elétrica e poços artesianos.
O caminhoneiro Pascoal Viana ficou impedido de seguir viagem como
bloqueio na rodovia, mas considera o protesto justo. "É precária a
situação da estrada e não é de hoje. Nós estamos aqui parados sem poder
dar prosseguimento à nossa viagem, a nossa carga atrasa, está tudo
atrasado, ficamos aqui na rodovia só tendo despesas", lamentou o
caminhoneiro.
fonte:G1
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