Apesar
dos apelos de partidos da base aliada para adiar o envio da reforma da
Previdência ao Congresso Nacional, o presidente Michel Temer decidiu que
vai mandar a proposta este mês, antes das eleições municipais.
A
reforma da Previdência tem sido anunciada pelo governo desde que Temer
assumiu a Presidência como interino, em maio deste ano. Parlamentares de
partidos aliados, porém, argumentavam que o envio agora poderia
atrapalhar as disputas eleitorais por ser uma medida impopular.
Presidente Michel Temer havia prometido, em ocasiões anteriores, enviar a reforma da Previdência este mês.
De
acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, Temer
manifestou-se hoje (6) no sentido de enviar ainda neste mês a proposta,
como havia prometido em ocasiões anteriores.
“Nós
temos que entender que temos uma base parlamentar que tem posição
diferente e está dialogando com o presidente. O segredo agora do
presidente Michel é fazer com que a base tenha um consenso mínimo. Ele
quer mandar antes [das eleições]”, disse. Segundo Padilha, que não quis
estipular uma data para o envio, o “diálogo” para o envio da proposta
será feito “assim que tivermos quórum".
Para
o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, a dúvida sobre
a data era mais uma questão de estratégia do que eleitoral. Ele
informou que teve nesta terça-feira (6) conversas com o presidente
nacional do PSDB, Aécio Neves, e o presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia, sobre o assunto.
“É
uma questão de estratégia parlamentar e não de mérito. O governo já
tomou a decisão, acha que não tem condição de manter do jeito que está. A
base defende, a reforma é necessária para colocar o Brasil nos
trilhos”, disse. Para Geddel Vieira Lima, Temer analisou os “custos e
benefícios” e achou melhor “sinalizar claramente” para a necessidade do
envio imediato da proposta até por uma questão “simbólica”.
Vieira
Lima disse também que os pontos mais polêmicos, como idade mínima aos
65 anos e transição aos 50 anos, estão sendo fechados “provavelmente
esta semana” para que sejam encaminhados ao Congresso. “Basicamente não
tem discordância, agora é levar à apreciação do presidente da
República”.
Foto: Beto Barata/PR
Fonte: YAHOO NOTICIAS
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