Na última quarta-feira (06.06), o senador Randolfe Rodrigues
(PSOL-AP) usou a tribuna do Senado para se manifestar sobre as ações do
Ministério Público do Amapá e do Ministério
Público Federal. “Nosso País seria menos republicano se, nos últimos
anos, não tivéssemos a atuação decisiva do Ministério Público”, disse. O
pronunciamento do senador foi um ato de solidariedade a promotores e
procuradores que vem sendo alvo de retaliações em razão das operações
Mãos Limpas, do MPF e Eclésia, do MP-AP.
“Em meu estado, tanto o Ministério Público Estadual quanto o
Ministério Público da União precisam ter voz e ouvir a defesa necessária
para as suas atribuições”, disse Randolfe. O senador afirmou que as
prerrogativas do MP “estão sendo ofendidas no Amapá”. Na Constituição de
1988 o Ministério Público foi elevado ao status de defensor dos
interesses da sociedade, “na República o poder está a serviço do bem
comum, da causa coletiva”, ressaltou o senador.
Randolfe foi enfático ao afirmar que, no Amapá, “durante muito tempo a
instituição essencial para a Justiça esteve sob silêncio”, e que
“ultimamente, temos visto o funcionamento do Ministério Público do
Estado e a atuação da Procuradoria da República”. E advertiu: “Não posso
aceitar e admitir qualquer ameaça ao funcionamento dessas instituições.
A quem buscar limitar o exercício das funções republicanas do
Ministério Público, eu trago uma advertência: não tentem, não avancem”.
Na intenção de alertar o país sobre o que acontece no Amapá, Randolfe
explicou que, ao instaurar procedimento investigatório sobre outras
instituições públicas, os membros do MP-AP e do MPF “têm tido como
resposta as ofensas e a busca de intimidações”. O senador informou que
na próxima terça-feira (12.06), o Amapá receberá procuradores-gerais de
justiça de todo o país; representantes da Procuradoria da República; e a
Associação Nacional dos Membros do Ministério Público para um ato
público de solidariedade aos promotores e procuradores do estado.
Randolfe não estará presente ao ato porque a data coincide com o
depoimento do governador Marconi Perillo, de Goiás, na CPMI do
Cachoeira, da qual faz parte. Mas, enviará mensagem se associando às
manifestações em prol das investigações do MP. “Traduzido para um bom
português, o art. 37 da nossa Constituição traz a lume um mandamento:
não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem rouba. Esse papel o
Ministério Público tem cumprido em nosso país, nos estados e tem buscado
cumprir, em especial, no meu estado”, reafirmou.
Leia aqui a íntegra do Pronunciamento:
http://www.senado.gov.br/atividade/plenario/sessao/disc/listaDisc.asp?s=088.2.54.O
http://www.senado.gov.br/atividade/plenario/sessao/disc/listaDisc.asp?s=088.2.54.O
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