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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Caso Sidone: policiais militares depõem e dão versões divergentes


Entre eles, o major responsável pela investigação feita na noite de sábado na corregedoria

A delegada Maria Valcilene Mendes, titular da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (DECIPE), e responsável pelas investigações do duplo homicídio dos irmãos Marcelo da Costa Sidone, de 20 anos, e Willian da Costa Sidone, de 27 anos, ocorrido no último sábado (21), ouviu na manhã de ontem (25), a guarnição do Batalhão Ambiental que estava no local onde aconteceu o crime e o major da polícia militar de prenome Roberto, lotado na corregedoria da polícia militar, que teria ouvido testemunhas do homicídio na noite do último sábado.

A delegada não quis comentar sobre os depoimentos dos militares, mas adiantou que, a guarnição apresentou duas versões para justificarem ao fato de terem se omitido a perseguir o suspeito do duplo homicídio. Segundo eles, não fizeram a perseguição ao suspeito, porque resolveram prestar socorro para as vítimas. Em seguida apresentaram outra versão de que  foram impedidos por populares que pediram para que eles prestassem socorro para as vítimas.

A delegada ouviu também o oficial da PM. Ela(delegada)queria saber os motivos que levaram o oficial a ouvir testemunhas do crime na noite do último sábado.Segundo a responsável pelas investigações,não seria da competência da polícia militar,ouvir testemunhas desse caso,já que não ouve um crime militar.Por mais que o acusado seja um militar,ele estava de folga no dia do fato,portanto,deverá responder na justiça comum.Ela não comentou sobre o depoimento do oficial.

Maria Valcilene comentou sobre as investigações e disse estarem bem adiantadas. Ela deverá se pronunciar sobre o caso nos próximos dias. 

Versão das testemunhas
Os irmãos Sidone juntamente com mais quatro amigos, se divertiam em uma pagodeira no centro de Macapá na noite da última sexta-feira (20). O grupo saiu do local por volta das 4h em direção do Curiaú. No meio da caminho resolveram voltar e segui para o balneário do distrito de Fazendinha.Segundo Keila Sidone,irmã das vítimas,era um costume dos dois,após saírem de festas noturna,amanhecerem no balneário de Fazendinha.

No dia do crime, o grupo se reuniu no balneário. Os irmãos deitaram na areia e conversavam entre eles.Em um determinado momento,Marcelo se separou do grupo e algum tempo depois,Willian percebeu que o irmão estava sendo espancado por 10 pessoas.

Foi ai que começou uma briga generalizada que terminou depois de dois tiros, feito por uma guarnição do Batalhão Ambiental que fazia ronda no local.
Keila comentou que um dos rapazes que estavam com as vítimas disse ter ouvido do grupo que eles seriam militares.

A confusão teria sido motivada por causa de uma mulher que acompanhava o outro grupo. Ela teria apontado o dedo em direção de Marcelo antes de iniciar a briga.
Os ânimos foram acalmados. Os irmãos já se preparavam para retornarem para capital quando surgiu um veiculo conduzido por uma mulher loira.O carona,sacou a arma e atirou varias vezes contra os rapazes.Marcelo levou um tiro e caiu.Willian ao ver aquela situação correu para acudir o irmão e acabou levando dois tiros.O atirador fugiu em alta velocidade.

Um segundo carro teria tentado atropelar as vítimas, versão essa não confirmada pela polícia.

Segundo as testemunhas, tudo foi presenciado pela guarnição do Batalhão ambiental que se omitiu em perseguir o atirador.
As vítimas foram encaminhadas para o Hospital de Emergências (HE). Marcelo morreu por volta das 9h,Willian,as 15h.

O principal acusado da morte dos irmãos Sidone seria um soldado da polícia militar, informação confirmada pela autoridade policial que investiga o caso.
O laudo da Politec confirmou que os projeteis encontrado nos corpos das vítimas partiu de uma arma ponto 40, de uso exclusivo de militares.

Segundo a família, foi realizado o exame residografico no suspeito, onde foi confirmada a presença de pólvora nas mãos dele. A responsável pelas investigações não comentou sobre esse assunto.

Os irmãos Sidone, trabalhavam em um açougue do pai, localizado no bairro Cidade Nova e que seria transferido para eles nos próximos dias.
FONTE : (Ailton Leite/aGazeta)

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