O processo de federalização da Companhia de Eletricidade do Amapá
(CEA) avançou com a reunião realizada na quarta-feira, 31, entre o
governador Camilo Capiberibe e o ministro
interino do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que
substitui o titular Edison Lobão, afastado para tratamento médico.
Como resultado do encontro ficou acertado um cronograma de ações para
que a assinatura do Protocolo de Intenções, que estabelece premissas
para a compra da Companhia pela Eletrobras, seja feita ainda neste ano.
Também estiveram presentes o coordenador da bancada federal do Amapá,
deputado Evandro Milhomem, e a deputada Janete Capiberibe.
A principal tarefa é a elaboração de um Plano de Contingenciamento a
ser apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O
objetivo é demonstrar que estão sendo envidados esforços para a
reestruturação da CEA e que algumas regras que regem o setor elétrico
sejam flexibilizadas para a empresa durante esse período. Até a próxima
semana o Plano deverá estar concluído.
De acordo com o presidente da CEA, José Ramalho, desde o início do
mandato de Camilo Capiberibe sua equipe realiza um levantamento da
situação da Companhia e que diversas medidas já foram adotadas para
melhorar seu desempenho.
O governador pediu agilidade no acerto de contas entre CEA e
Eletrobras. Reafirmou que embora considere injusto que o Amapá arque com
a maior parte da dívida da empresa, o seu governo decidiu enfrentar a
situação e resolver definitivamente o problema. Segundo ele, “as
condições dessa negociação são difíceis, mas temos responsabilidade e
não permitiremos que a CEA entre em caducidade, o que geraria um
prejuízo ainda maior para o Amapá”, afirmou Capiberibe.
O ministro interino acatou os argumentos do governador e sua equipe e
insistiu para que o cumprimento dos prazos do cronograma de ações seja
célere. O próximo passo, segundo ele, será levar à avaliação da
presidenta Dilma Rousseff o acordo firmado entre o governo do Estado e o
Ministério.
Breve histórico
Na gestão passada, do então governador Antônio Waldez Góes, a CEA deixou de pagar a Eletronorte pela geração de energia. Com isso, em 2006, o endividamento da Companhia era de pouco mais de R$ 286 milhões e, ao final de 2010, apresentava um crescimento substancial, ultrapassando R$ 900 milhões, o que contribuiu para que a dívida total herdada fosse de, aproximadamente, R$ 1,6 bilhão, acrescida de juros e multas.
Na gestão passada, do então governador Antônio Waldez Góes, a CEA deixou de pagar a Eletronorte pela geração de energia. Com isso, em 2006, o endividamento da Companhia era de pouco mais de R$ 286 milhões e, ao final de 2010, apresentava um crescimento substancial, ultrapassando R$ 900 milhões, o que contribuiu para que a dívida total herdada fosse de, aproximadamente, R$ 1,6 bilhão, acrescida de juros e multas.
A atual diretoria da CEA conseguiu, em menos de dois anos de gestão,
reduzir custos e pessoal, além de aumentar a arrecadação, que era de
pouco mais de R$ 12 milhões e agora gira em torno de R$ 17 milhões. Além
disso, está cabendo à gestão atual negociar dívidas e conduzir o
processo de federalização da empresa, saída vista como a melhor para a
situação atual.
Sal Freire/SEGB
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