O presidente do Sindicado dos Rodoviários, Genival Cruz, juntamente
com sua diretoria, reuniu hoje com o prefeito eleito Clécio Luís no
auditório da Superintendência da Caixa
Econômica Federal. Os trabalhadores apresentaram uma pauta de
reivindicações sobre as condições de trabalho no setor e sobre a
situação das empresas que atuam no serviço de transporte coletivo. O
coordenador da Transição, Charles Chelala, e o advogado Vladimir Belmino
acompanharam a reunião.
Genival explicou que o sindicato “tem uma preocupação muito grande
com o emprego dos trabalhadores”, uma vez que a situação das empresas
que atuam no setor é incerta. Ele também ressaltou a necessidade da
construção de terminais de ônibus, causando sofrimento principalmente
para as mulheres que trabalham, como cobradoras e motoristas. “Não há
banheiros femininos e condições para que essas trabalhadoras tenham o
mínimo de condições de permanência”, explicou.
A fiscalização sobre o horário de percurso dos ônibus é uma das mais
importantes reivindicações da categoria. Sem cumprir esse papel como
deveria, a CTMAC permite que o sindicato patronal o faça. Sendo assim,
as empresas fazem preessão para que os motoristas cumpram itinerários em
curtos períodos de tempo, colocando a vida dos trabalhadores e da
população em risco. “Essa questão do horário de trabalho é nosso grande
gargalo”, disse Genival.
Vladimir Belmino, advogado que integra a equipe de transição, disse
que a pauta dos rodoviários é extensa e importante, mas que pelo menos
dois eixos serão levados como prioridade pela equipe que vai assumir a
prefeitura em janeiro. “Primeiro, a retomada da fiscalização por parte
da prefeitura sobre os horários cumpridos pelos trabalhadores no
cumprimento dos itinerários. Hoje, embora haja uma legislação que
determine o tempo para cada percurso, isso não é cumprido e os horários
são achatados”, afirmou o advogado.
Ele disse que o segundo eixo prioritário é a preocupação com a
possível demissão de trabalhadores da empresa União Macapá, que
demonstra sinais de que está prestes a fechar. O sindicato quer saber se
uma possível nova empresa irá assumir o lugar da atual e incorporar os
trabalhadores. “As demais reivindicações, a longo prazo, poderão ser
atendidas numa escala de trabalho montada junto com a categoria”, disse
Vladimir. Como exemplo, a construção de abrigos para passageiros e
aumento da frota.
—
Márcia Corrêa
Márcia Corrêa
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