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terça-feira, 14 de maio de 2013

Pistoleiro para prefeita: “Só não vou lhe matar porque não me pagaram”

Ameaçada em telefonemas de um homem que se identificou como um assassino profissional do Rio Grande do Norte, Maria Lucimar, conta que o pistoleiro não teria feito o serviço porque não recebeu R$ 30 mil e por isso declinou até o nome do mandante.
A prefeita do município de Calçoene Maria Lucimar Lima (PMDB) viveu momentos de medo, apreensão e pânico, na última quinta-feira (9). O dia da prefeita foi pontuado por uma série de ligações de um homem que se identificou como um assassino profissional contratado para mata-la.
Segundo contou a prefeita o homem não se reservou nem dar nome e sobrenome e até relatou o que seria sua própria ficha criminal. O pistoleiro profissional seria Francisco Alberto Augusto Fonseca, conhecido pelo apelido de “Beto” ou “’Roque”. Ele estaria foragido da penitenciária da cidade Pau de Ferro, no Rio Grande do Norte, há 16 anos e chegou ao Amapá contratado para assassiná-la.
Durante os telefonemas, o homem relatou à prefeita Lucimar, que estaria em Santana e deveria ter viajado até Calçoene para executar o contrato que seria executa-la, mas por não ter recebido o dinheiro combinado, decidiu procura-la e revelar todo o plano. O homem que se identificou como assassino, pediu que a prefeita depositasse numa conta bancária R$ 1,2 mil para que ele e um comparsa deixassem o Estado.

De acordo com a prefeita Maria Lucimar, em um dos telefonemas, o homem que se identificou como “Roque” chegou a relatar vários crimes que já teria cometido em sua “carreira” profissional. Entre os homicídios relatadas estariam testemunhas, autoridades judiciais, promotores e policiais. As conversas a deixaram em estado de choque.
“O homem chegou a dizer que eu era uma pessoa ‘abençoada’ porque continuaria viva e não seria mais alvo de seu ‘trabalho’. Ele foi muito frio ao dizer :‘só não vou te matar, porque não me pagaram”, contou ela a reportagem de A Gazeta por telefone ontem.
Para a delegada Carmem Cristina, as investigações levam em consideração que tudo pode ter sido um trote de pessoas má intencionadas com o objetivo de extorquir dinheiro da prefeita. Mas as demais linhas de investigação não estão descartadas.
Plano Frustrado

O homem que se intitulou como Francisco Alberto Augusto Fonseca, revelou em um dos telefonemas que seria contratado por um político amapaense para executar a morte da prefeita. Pelo serviço ele receberia o valor de R$ 30 mil. Para chegar em Santana, ele e um comparsa teriam recebido R$ 2 mil como sinal. Ao chegar à cidade deSantana, os dois criminosos não receberam a outra parte da negociação e não teriam conseguido mais contato nenhum com o mandante.
A prefeita Maria Lucimar, disse que o nome do político que teria encomendado sua morte foi citado pelo suposto assassino mas ela preferiu não revelar por orientação da Polícia. Para executar o trabalho a dupla iria até Calçoene e depois de estudar a rotina da prefeita iriam executa-la. Desde sexta-feira, Maria Lucimar está sob proteção do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Investigação
O que intriga é que uma rápida pesquisa na ficha criminal do nome dado pelo homem que falava ao telefone com a prefeita, constam diversos homicídios em diferentes lugares do Rio Grande do Norte e a informação que está foragido há mais de 16 anos, como o individuo afirmou, foi publicada inclusive no portal de informações G1. A história do pistoleiro envolve um confronto que teve com polícia no ano passado.
O número de telefone usado e a conta bancária, que o suposto pistoleiro informou a prefeita, também são do mesmo lugar de origem do Francisco Alberto Augusto Fonseca. A delegada Carmem Cristina levanta a suspeita de trotes para golpes ou para assustar a prefeita, mas não descarta nenhuma hipótese.

FONTE: JORNAL A GAZETA


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