Deputados federais do Amapá reuniram-se hoje, 23, com o ministro do
Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli para tratar do processo que
pretende devolver aos contracheques dos
professores celetistas do Amapá que passaram aos quadros da União o
percentual de 84,32% relativos ao realinhamento do Plano Collor cujo
pagamento foi suspenso. O adicional era recebido há 16 anos por cerca
de 3,5 mil professores. Ano passado os professores perderam a disputa
judicial se arrasta desde 1992 em uma ação movida pela Advocacia Geral
da União.
A suspensão do pagamento representou uma perda de cerca de 60% do
salário desses servidores e eles estão ameaçados de ter que devolver o
valor recebido nos últimos 5 anos. O Sindicato estima que deixam de
circular R$ 6 milhões mensais na economia do Amapá com o fim do
adicional.
No Supremo, o Ministro Gilmar Mendes pediu vistas de processo
idêntico dos professores do Ceará. Mendes colocaria o processo na pauta
do Tribunal em fevereiro, mas por acordo, aguarda que o ministro Toffoli
se manifeste sobre outra parte afim ao processo. Os parlamentares foram
pedir que a votação ocorra em etapas separadas, já que a decisão
favorável aos professores do Ceará, mais próxima de ser votada, tende a
criar jurisprudência para que se repita aos professores do Amapá. O
ministro afirmou que não põe empecilho ao pedido.
Foram à audiência, ocorrida no intervalo da sessão do STF, a deputada
Janete Capiberibe (PSB), os deputados Evandro Milhomen (PCdoB) e Davi
Alcolumbre (DEM) e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL).
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Texto e foto:
Sizan Luis Esberci
Gabinete da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP)
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