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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Deputados atribuem operação do MP a represálias pela atuação investigativa da AL

Deputados reagiram hoje contra a operação “Eclésia” deflagrada pelo Ministério Público do Estado na manhã de hoje em Macapá. O presidente da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), deputado Moisés Souza (PSC) disse que a ação foi uma represália contra a atuação do Legislativo, que investiga o próprio MP e mantém em funcionamento duas Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPI) contra indícios de fraudes em órgãos do Governo do Estado, com quem o MP manteria “uma relação histórica de corrupção e subserviência”, segundo declarou Edinho Duarte (PP).
A operação fez buscas em residências de servidores e em prédios da AL. Os parlamentares também tiveram suas casas vasculhadas durante a operação, que contou com apoio de delegados e agentes da Polícia Civil. “Eles não encontraram absolutamente nada e ainda chegaram a pedir desculpas para mim e minha família, pelo constrangimento de ver homens encapuzados acordando até mesmo minha filha de quatro anos”, disse o parlamentar.
Edinho Duarte também disse que atribui a ação do Ministério Público como uma reação ao fato da Assembleia Legislativa ter levantado que foram movimentados mais de R$ 130 milhões em obras sugeridas através de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) mediados pelo MP entre mineradoras com atuação no Amapá, sendo que boa parte dos serviços foram executados pela empresa Etecon Engenharia, de propriedade de Glauco Cei, marido da procuradora-geral do MP, que à época era a titular da Promotoria do Meio Ambiente.
Moisés Souza declarou também estranhar que o MP tenha entrado com pedido de busca e apreensão de documentos na Justiça, pois até então tudo o que os promotores do caso solicitaram a Assembleia forneceu. “O que aconteceu foi o contrário. Desde agosto do ano passado nós estamos em incursões buscando documentos junto ao Ministério Público que não entregou nada e vínhamos noticiando a eles que caso não fossem entregues os documentos iríamos buscar por força legal”, declarou Souza, que também denunciou a falta de aprovação das contas do MP desde 2006.
Ele disse que essas ações da AL contra o MP sempre foram feitas com muita cautela, afinal, disse ele, porque são questões que podem ou não comprovar o cometimento de crimes. “E não com toda essa pirotecnia vista hoje nas ruas de Macapá para que eles pegassem aquilo que nós já havíamos fornecido”, criticou Moisés Souza. Ele se disse absolutamente tranqüilo com relação a investigações do MP. “Nós temos plena consciência de que estamos no caminho certo, pois publicamos nossas despesas na internet e perseguimos o ideal de fazer desta Assembleia Legislativa a melhor da história”, concluiu Souza. (Assessoria)

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