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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

José Amoras – Da falta do compromisso social com a Educação

“Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe o poder.” Quando o presidente americano Abraão Lincoun falou essa frase ele sabia das intempéries que estava enfrentando. Mas sabia também que seguraria seu barco até o porto seguro. Estar diante de tanto dinheiro é responsabilidade para poucos. Muitos não a tem. E estão se assentando em cadeiras de decisão.
Decisões que não são tomadas na aplicabilidade do dinheiro que é específico da Educação, por exemplo. Quando, em 2010, a oposição falou que o Governo do Amapá estava desviando cerca de R$800 milhões de reais da Educação, muitos não acreditaram. Mas o Ministério Público foi lá e disse que não era somente o que se havia dito . Mas, sim o montante de mais de 1 bilhão de Reais. Personalidades políticas presas, mulheres do socialight em noites mal dormidas nas prisões da Polícia Federal, estavam deixando sua marca na história.
Em grandes centros como São Paulo e no Rio de Janeiro, no início do ano em curso, as ondas de freqüência modulada continuaram em alto e bom som divulgando o roubo ao povo do Amapá, entrevistando a presidente do Ministério Público do Amapá. Uma mulher que não teve medo de divulgar as mazelas daqueles que poderiam ter feito bem o seu trabalho para o qual foram eleitos.
Como é ruim atravessar a rua e ouvir que há ladrões roubando sua casa e ficar sem nada poder fazer. Eles estão soltos. As grades não o prenderam. Eles estão aí novamente. E cabe aqui, de novo, chamar atenção do Ministério Público Estadual ou Federal para fazer o trabalho necessário. Não abrir o sinal para aqueles dilaceradores da merenda escolar, aumentando a fome nas escolas; dos remédios que faltam nos hospitais, aumentando a dor; dos derrubadores das casas populares oscilando a desordem.
A fonte de onde vem o dinheiro do Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica é bem conhecida: repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados proporcional às exportações (IPIexp), Desoneração das Exportações, Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e cota parte de 50% do Imposto Territorial Rural (ITR) devida aos municípios. O imposto que é pago por pessoas simples e trabalhadoras, mas pessoas que estão de olho nos amigos do alheio. É chegada a hora de uma nova eleição. É chegada a hora da virada de um povo que quer acertar.
Olhando o que os meninos de Lúcifer fizeram ao longo dos anos manchando as páginas da terra do Marabaixo, abençoada por Tia Venina, Raimundo Sacaca, Chaguinha, Isnard Lima, Segura o Balde, Alcy Araújo, R. Peixe e tantos outros, sentimos que algo precisa ser feito. Não podemos permitir que a idiotice continue a nos roubar e fique rindo conquistando votos de desavisados.
O Governo Federal divulgou a lista dos estados e municípios que não atingiram meta com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para 2011. Macapá é uma das cidades que estão na lista, o estado do Amapá também. Quer dizer, a Educação Básica anda mal. Nossas crianças que estão tão distantes dos grandes centros ainda não podem sair à procura de Educação. Caso o poder não as eduque, teremos problemas com os homens daqui a 1O anos. Um tempo que está à nossa frente.
Por outro lado muitos jovens acabaram deixando suas faculdades. Acabou o tempo de jubilamento. O jovem pode voltar e concluir seu curso, procurar seu novo trabalho com nova profissão e tocar a vida. Isso é o que se pode falar de bem, embora ainda haja
centros de educação superior, retendo documentos, querendo impedir o aproveitamento de estudantes. Isso ainda faz parte de uma educação atrasada. Mas chegará a hora do Amapá acostumar-se com uma educação desenvolvida. Cremos nas novas gerações, cremos no poder que merge da nova juventude.
Mas que ninguém esqueça: Ser um grande homem não é estar revestido de um cargo político. A ética não só adorna o novo homem, mas também o eterniza. Quando o novo homem chegar ninguém temerá em dar-lhe o poder. Ele não colocará sob risco o seu caráter.
José Amoras
Jornalista escritor

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